O itinerário proposto por dom Angélico foi por um duplo movimento na compreensão do ministério ordenado, o presbítero deve ser um homem de profunda mística, mas com o olhar voltado à realidade. “Cada um de nós é Palavra de Deus no tempo, porém somos ignorantes de nós, somos mistério”, ressaltou o assessor.
O convite a dom Angélico para conduzir o retiro foi intencional por sua experiência e seu esforço pelas vocações e ministérios ordenados na CNBB, assim afirma o padre César Acorinte, representante dos presbíteros da Diocese de Guaxupé. “Ele é um referencial para nós, sem mencionar o seu testemunho de vida. Já é o segundo retiro que ele prega para nós, o primeiro em 2000 e, agora depois de 16 anos, ele volta para nos ajudar novamente, sempre com algo novo, mas com o mesmo entusiasmo e a mesma alegria”.
Esse foi um dos pontos que mais chamou a atenção do coordenador diocesano de pastoral, padreHenrique Neveston. O padre destaca a relevância dessa parada dinâmica para reabastecer a fé e cultivar os valores essenciais do cristianismo. “Às vezes, somos formados [com uma mentalidade] e no nosso dia a dia acabamos usando a lei e não a misericórdia, o retiro serve para embasar a gente nesta via da misericórdia, sempre buscando na fonte, que é Jesus Cristo, o Senhor misericordioso, compassivo”.
A unidade presbiteral foi lembrada pelo padre Alexandre José Gonçalves, pároco da Paróquia São José em Machado. De acordo com o padre, a reunião do presbitério para rezar e refletir junto proporciona um momento de amadurecimento da fé e da vocação. “Um momento muito importante e bonito demais é o momento penitencial, onde cada padre procura um irmão de sacerdócio para obter a absolvição [sacramental] e quem sabe oferecer a mesma graça ao outro irmão”.
“Deve brotar em nós uma alegria de anunciar o Reino, de trabalhar pela Igreja, nos levando ao encontro de irmãos e irmãs para que nós possamos acolher melhor, despertar sentimentos de alegria e de esperança, para que o nosso povo sinta que nós fizemos juntos essa caminhada de Povo de Deus”, apontou o bispo como frutos cultivados a partir do retiro.
Fonte ; Site Diocese de Guaxupé